01/09/2013
Na reabilitação da ponte Romana de Lugo usou-se um laser scâner de alta precisão para a estrutura
Mistura concluirá nos próximos dias uma obra que utilizou tecnologia de última geração para recuperar a emblemática infraestrutura da capital Lucense Mistura concluirá nos próximos dias a reabilitação da ponte Romana de Lugo, um projeto que utilizou um moderno protótipo de laser scâner em três dimensões que lhe permite deixar documentada com total precisão toda a infraestrutura, incluindo blocos de fundação que foram expostos ao secar o rio Minho para a execução das obras. Os trabalhos serviram para conhecer o alcance e precisão dos equipamentos do denominado Projeto Sitegi, uma iniciativa impulsionada pela Universidade de Vigo e um grupo de empresas galegas, entre elas Misturas, para a inspeção de infraestruturas, com o objetivo de otimizar a tomada de decisões sobre a necessidade de intervenção nas mesmas. Misturas utilizou o protótipo para controlar vários aspetos das obras de reabilitação. Por um lado, realizou o scâner utilizando um laser-scâner móvel de última geração incluído na unidade móvel de inspeção desenvolvida neste projeto. Estudaram-se assím as fundações dos pilares 2, 3 e 4, de origem romana, e ficaram descobertas ao secar o rio, construindo uma barragem e desvio provisório no seu leito. Por outro lado, foi inspecionado com um georradar o interior da ponte, onde se incluíram as canalizações de diferentes serviços urbanos para evitar o impacto paisagístico, como o abastecimento de água, iluminação pública, baixa tensão e espaços previstos para futuras canalizações de reserva. Estes equipamentos revelaram-se especialmente úteis na localização de elementos enterrados previstos em varias atuações concretas, como as operações para a manutenção do serviço de fornecimento de agua potável no bairro de A Ponte durante uma fase da obra, colocando uma tubagem provisória, e a instalação definitiva da rede que se devia instalar no interior da ponte finalizada a intervenção. Aas obras de reabilitação da ponte romana contemplaram a eliminação da estrutura metálica e das calçadas, assím como as lajes de betão armado e o pavimento existente, que foi substituído por lousas de ardósia. Também se construiram novas muretas de pedra e modificou-se a rasante, conseguindo-se o aspeto combado prévio a reabilitação feita em 1893 pelo Engenheiro Godofredo A. Cascos, muito mais parecido ao original romano. O Projeto Sitegi está cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Feder, dentro do Programa Operativo Fundo Tecnológico 2007-2013, e pelo Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial (CDTI). Junto a Misturas participam nesta investigação as empresas galegas Extraco, Insitu Ingeniería, Enmacosa e Lógica Equipamientos, assím como o Grupo de Investigação TF1 da Universidade de Vigo. O projeto ten três anos previstos para a sua execução, e um orçamento com mais de 3,7 milhões de euros.